Sabe aquelas decisões que você quase diz “não” e depois pensa: ainda bem que eu fui? Pois é. Essa carta é sobre isso.
Eu lembro da primeira vez que ouvi falar do Hotmart FIRE Festival. Confesso: não entendi o conceito. Vi alguns nomes sendo divulgados — cantor, jornalista, influencer digital… e pensei: ué, cadê o marketing digital nisso tudo? Eu estava tão mergulhada no mundo dos lançamentos que só conhecia quem também estava nessa bolha. Pra mim, evento bom era evento com palestrantes conhecidos da minha “rodinha”.
Quando começaram a vender os ingressos do Hotmart FIRE, ainda nem tinham soltado os nomes dos palestrantes. E eu? Achei arriscado demais pagar pra ver. Resultado: deixei passar. Comprei minha passagem pra ir pro Brasil participar apenas do evento Subido Ao Vivo e depois voltar pra minha casa, na Noruega. O Hotmart FIRE não estava nos meus planos.
Mas o universo tem dessas.
No evento Subido, fui como VIP e acabei conhecendo pessoalmente o Victor Damásio. Descobrimos que tínhamos algo em comum: fazíamos parte do grupo do Jeff Walker. Ele me convidou pra ir no evento dele, que seria uma semana depois. Eu olhei pra aquela varanda maravilhosa do hotel que estava hospedada na Barra da Tijuca, com o barulho do mar, e pensei: por que não? Adiei minha volta. Um pequeno sim. E esse pequeno sim começou a mudar tudo.
Foi nesse segundo evento que, sentada ao lado de um português gestor de tráfego, ouvi a frase que mudou meu rumo:
— Meg, você trabalha com infoprodutos. É sua obrigação estar no Hotmart FIRE Festival.
Aquilo ficou ecoando. Eu já tinha adiado uma vez minha volta. Adiar de novo significava remarcar, de novo, passagem internacional (nada barato, diga-se de passagem) e encarar a missão de achar hospedagem em Belo Horizonte em cima da hora. E pra completar: os ingressos VIP tinham esgotado. E eu queria VIP.
Pensei, pensei e… fui. Me joguei. Afinal, melhor aproveitar que já estava no Brasil, né?
Passagem de avião com vôo direto estava “salgada”, e todas as opções com milhas envolviam escala em São Paulo. Sem chances! Não estava a fim de pegar muitos voos. Foi aí que tive uma ideia: fazia quase 20 anos que eu não viajava de ônibus, por que não testar? Aproveitei e dei uma parada em Juiz de Fora, onde um amigo meu mora.
Spoiler: o hotel da primeira noite foi cilada. Mas parecia que eu já sabia — só reservei uma noite. No dia seguinte, fui pra um hotel melhor, mais afastado do centro, e comecei a montar minha estratégia de sobrevivência no FIRE: quais palestras eu queria assistir, o que não podia perder… ingenuidade minha. Como se fosse possível assistir a tudo.
Depois de duas noites em Juiz de Fora, peguei o ônibus pra BH. Achei que seriam 3 horinhas tranquilas (calculei errado e não olhei na passagem). Foram SETE. O amigo que ia me buscar ficou me esperando no terminal rodoviário… mas o ônibus nem passou por lá. Só descobri tudo isso dentro do ônibus. Caos. Mas sentou do meu lado um cara também indo pro Hotmart FIRE. E ali já começou o evento pra mim: papo sobre coprodução, mercado, estratégias…
Cheguei em BH já me sentindo parte de alguma coisa.
Sobre hospedagem? Mais um milagre. Meu irmão, que é piloto, estava trabalhando e o quarto dele — sempre reservado com as coisas dele — estava vazio. Ele me ofereceu pra ficar lá. Não fazia ideia da distância até o evento, mas aceitei.
No café da manhã do hotel, conheci uma dupla incrível de pai e filho que tinham vindo de carro de São Paulo. Eles me ofereceram carona até o evento. Viramos um trio inseparável por três dias. Detalhe: eles eram VIP. Eu não.
Ah! O ingresso? Consegui no grupo de WhatsApp do Subido Ao Vivo. Mandei mensagem no impulso: “Se alguém tiver ingresso, eu vou. Se ninguém tiver, não era pra ser.” Cinco minutos depois: ingresso garantido (mesmo que BIZ, não VIP).
Primeiro dia de evento. Cheguei cedo, empolgada, achei que tava vazio demais. Na real, era cedo demais. Logo depois começaram filas e mais filas. Com meu papelzinho com o cronograma em mãos, fui direto pro Palco R. Achei que ia lotar rápido, então fiquei de olho. Quando entrei, tinha lugar de sobra. Descobri a famosa “dança das cadeiras”: as pessoas circulavam entre palestras e palcos o tempo todo. Dinâmico, leve, nada engessado.
Assisti duas palestras no Palco R, depois fui explorar o Palco I — gigante, impactante, quase intimidador. Percebi ali que ficar tentando “ver tudo” era um tiro no pé. Resolvi andar, conversar, observar. O Hotmart FIRE era muito mais do que conteúdo em slides.
Teve até tentativa frustrada de reunião em uma das salas: reservei horário, entrei pra uma call e… sem wi-fi! Nem celular pegava. Saí correndo, desesperada, e acabei participando da mentoria ali mesmo, sentada num puff. Foi até mais gostoso assim.
Voltei a circular, encontrei pessoas de outras mentorias (inclusive internacionais), tirei fotinhos… até que chegou a hora da última palestra do dia: Alok. Confesso que ele foi um dos meus motivadores pra ir. Mas… foi meio brochante. Ele repetiu praticamente tudo o que já tinha dito num documentário. A única novidade foi vê-lo ao vivo, de longe. Mas valeu.
Fui dormir anestesiada. Foi muito melhor do que eu esperava. Ainda bem que decidi ir.
Segundo dia. Foto na entrada? Óbvio. Parada obrigatória. Dessa vez, a dupla VIP foi pra um lado, eu pro outro. Decidi explorar os estandes. No dia anterior, vi muita gente com sacolas, brindes… e eu só em palestra. Fiquei curiosa.
Foi aí que descobri que o FIRE era um parque de diversões corporativo. Lanche grátis em horário estratégico, estande com brindes, networking pulsando. Eu decidi abrir mão de várias palestras pra viver o evento como um todo. Não me arrependi.
E não fiquei sozinha nem um minuto. Sempre tinha alguém novo chegando, amigos de mentorias antigas, galera que me seguia, gente que eu passei a seguir. O Hotmart FIRE é sobre isso: conexões.
Tirei a tradicional fotinho no “foguinho da Hotmart” (me disseram que era sagrado), sentei na primeira fila do palco principal só pra saber como era (intimidador e incrível), e à noite fui na festinha. Drinks, música e… networking. Sim, até nesse momento rola troca de ideia sobre lançamento.
Teve um rolê fora do evento também, com uma galera animada. Clássico de evento grande: basta estar aberta pra socializar que as conexões vêm.
Terceiro dia. Já bate aquela saudade antecipada. Mas também aquela sensação de: missão cumprida.
Nesse dia, quase nem entrei em palestra. Fiquei mais do lado de fora, curtindo, conversando, tirando fotos… até que vi a galera da equipe do evento usando uma camiseta escrita: “See you next year!”
Me apaixonei. Queria. Não vendia. Fui até o JP (sim, o dono da Hotmart que eu nem sabia quem era até dois dias antes — e achei pequeno demais pra tanta responsabilidade haha) e pedi pra venderem a camiseta no próximo ano. Ah, claro, tirei fotinho com ele também.
Saímos correndo pra tentar tirar uma foto com o Thiago Nigro. Consegui. Ele estava na área VIP. Foi aí que decidi: ano que vem, vou de VIP. Afinal, na festa do VIP tem open bar, né?
Voltei pra casa com os tornozelos inchados (três dias andando muito + quatro voos longos), mas feliz. Exausta, mas inspirada. E com o coração cheio de gratidão.
O Hotmart FIRE Festival me mostrou um lado do digital que eu ainda não conhecia. Mais leve, mais humano, mais acessível. Gente de todo canto, histórias diferentes, um só objetivo: crescer e fazer a diferença.
Se você trabalha com infoprodutos, como me disseram aquele dia:
É sua obrigação estar no Hotmart FIRE Festival.
E agora, eu entendo o porquê.